

Muitos de nós (e eu me coloco nessa lista), passou o  final da carreira dele o criticando pela falta de inspiração e o seu "nariz de  massinha".
Mas Michael Jackson teve sua importância, ele passou  por nossas infâncias, dançamos o Moonwalker nem que seja em sentido  contrário, ele nos acompanhou. Mas ele não acompanhou o tempo e logo veio a  autodestruição. 
Ontem fez 1 ano que os telejornais não paravam de  falar que "no site TMZ noticiava a morte do Rei do Pop". O desespero tomava  conta e nem parecia que, quem havia morrido, era aquele "showman" pedófilo  e megalomaníaco. 
O mundo passou a valorizá-lo, afinal, até hoje, não há  clipe na "profundidade" de Thriller: ele tem inicio, meio, e um "meio-fim", o  qual cria uma margem para uma suposta sequência que todos sabiam que nunca  existiria. Tentou surpreender com Black or White, mas nada se comparava com  aquela sequência de dança imitada no mundo inteiro, sendo carro-chefe do disco  mais vendido de todos os tempos. Mais completo que curtametragem, mais  interessante que a própria música. Ele deu sentido a existência da MTV, tida até  aquele momento como um canal "sem propósito". 
Agora é tarde, o Rei se foi... E fiquemos com os  personagens com suas músicas mediocres, sem tonacidade e sem sonoridade. Hoje  tudo é muito igual. Todos querem fazer R&B, sem nem ao menos conhecer suas  origens. Não teremos outro "Off the wall", melhor até que o seu disco mais  famoso.
Hoje só nos resta as Lady Gaga's da vida, Britney e  suas asseclas e Madonna, a mãe de todas elas, que um dia foi tão importante  quanto ele, na música Pop, mas está tão plastificada e sem importância quanto  suas seguidoras. Mas "imagem é tudo". Ela não criou  a metade que MJ fez, mas está vendo a valorização de seu nome em vida. MJ não  teve a mesma sorte, não soube manipular bem a "máquina" como a "Material Girl",  foi motivo de piada no mundo todo. Talvez nem ele acreditasse que fosse virar um  semideus depois de morto. Porém, a "santificação"  sempre vem após a vida, não é mesmo?